Mc Tuzinho cantando o rap da Cidade Alta
Bonito ver como o rap da Cidade Alta ainda ecoa pelas ruas, trazendo consigo a história e a luta dos que vieram lá atrás. Os mestres de cerimônias do passado cantavam com garra e força, sem medo de enfrentar a dura realidade das comunidades. Para eles, o dinheiro era consequência, pois o verdadeiro valor estava em dar voz aos marginalizados e oprimidos.
Esses pioneiros da música foram duramente discriminados e perseguidos por serem pretos, pobres e favelados. Viveram uma vida dupla, dividindo-se entre o glamour dos palcos e as dificuldades do dia a dia. Mesmo assim, não desistiram de lutar pelo seu espaço e defender a causa do movimento funk.
Hoje, vemos artistas como o Mc Tuzinho, que carrega consigo a chama da velha guarda, mas é muitas vezes esquecido e subestimado pelos mais jovens. É hora de reconhecer a importância e o legado desses guerreiros invisíveis, que abriram caminho para que o funk brilhe em todo o mundo.
É preciso respeitar e valorizar aqueles que dedicaram suas vidas ao movimento, mesmo enfrentando a prisão e a discriminação. A velha guarda merece todo o reconhecimento por terem sido os verdadeiros arquitetos do funk. É hora de celebrar a história e a dedicação desses heróis, e garantir que seu legado seja eternizado e reverenciado por toda uma geração.
Que raps como os da Cidade Alta, da Felicidade, do Salgueiro, do Borel, da Estrada da Posse, da Pequena Garota, do Baile, da Rocinha , do Galo, da Consciência, do Festival, do Silva, de Santa Cruz, do Dendê, do Amor continuem a ecoar, lembrando-nos de onde viemos e inspirando-nos a seguir em frente com determinação e orgulho. Que a velha guarda seja sempre lembrada e honrada, pois são eles os verdadeiros pilares desse movimento que conquistou o coração do Brasil e do mundo. Respeito e gratidão para aqueles que pavimentaram o caminho para o sucesso dos que vieram depois.